sábado, 7 de março de 2015

Um Livro Por Dia e Paris

No início do ano, minha mãe viu um livro em uma livraria de São Paulo, lembrou-se de mim, comprou o livro e me deu de presente. O nome do livro é Um Livro Por Dia. Conta a experiência de um jornalista canadense durante o período em que morou na Shakespeare and Company, em Paris, nos anos 90.


O fundador da livraria foi um inglês chamado George Whitman. Era um comunista de verdade, que acreditava e vivia sob o princípio de que devemos retirar do mundo apenas o que precisamos e deixar o restante para os demais. Ele comprou a livraria e manteve o nome da anterior, que havia sido a responsável por publicar Ulysses, de Jaes Joyce.


A livraria tinha camas espalhadas por todas as suas salas e andares, no meio dos livros. Artistas, escritores e viajantes sem dinheiro conseguiam permissão de George para ficar ali, em troca de ajuda na livraria, como vendedores, arrumadores de livros e limpeza. Além das camas, tinha cozinha. Só não tinha aquecimento e chuveiro. rsrsrs


O mais legal foi descobrir, depois que terminei o livro, que a livraria e todos os personagens do livro são ou foram gente de verdade. Eu mesma, em algumas das minhas trips a Paris, já devo ter passado por ali várias vezes. Afinal, fica do ladinho da Notre Dame e eu simplesmente amo aquela catedral gótica. Na última vez em que fui lá, fiquei em um hotelzinho ali do lado. Se a minha memória estiver boa, o hotel é onde ficava o Polly Magoo, o bar meio decadente e alternativo frequentado pelos moradores da livraria.


O livro narra as histórias destas pessoas que moraram naquela livraria. Algumas por apenas um mês, outras por anos. Conta também a história da própria livraria e do próprio George. E dá muita vontade de ir correndo para Paris tomar café da manhã num daqueles cafés, tomar vinho na beira do Sena ou ficar andando sem rumo pelas ruas da cidade

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