sábado, 7 de março de 2015

O Movimento Romântico

O Movimento Romântico foi o primeiro livro escrito por Alan de Botton que li. Apesar de ser filósofo, sua maneira de escrever é leve e ágil. Não quero dizer que filósofos em geral escrevam de forma lenta e pesada. Eu é que tenho uma dificuldade imensa de abstrair. Por isso, quando um autor utiliza uma história para filosofar em cima, gosto muito. Ayn Rand fez isso com The Fontainhead e Atlas Shrugged e eu amei.


O livro narra o relacionamento entre Alice e Eric. Ela é definida como uma pessoa romântica no início do livro e é assim que se porta. Eric acaba fazendo o que bem entende com ela. Não como um cafajeste faria. Ele não é um. Ele faz o que quer com ela porque, como diz o próprio Alan de Botton, ele detém o poder naquele relacionamento específico. E deter o poder, também de acordo com o livro, é ter a possibilidade de não fazer nada.


Ele se encontravam sempre no apartamento de Eric. Era mais conveniente para ele, quem precisava sair de casa, levar roupas, enfrentar chuva ou frio era Alice. Um dia ela resolver não ir. Ele fala ok. Para ele tanto fazia se ela fosse ou não. Isso era a capacidade de não fazer nada e isso dava a ele o poder no relacionamento.


Até que o mundo dá suas voltas e Alice começa a não se importar. E a poder fazer o que bem entendesse de Eric.


Não vou contar o resto para não estragar a leitura de quem vai ler um dia. Recomendo

Nenhum comentário:

Postar um comentário