Faustão costuma falar, naquele seu programa insuportável, que quem sabe faz ao vivo.
É verdade.
Jon Bon Jovi é lindo, sexy, simpático e sabe disso. Em seu show, ou melhor, no show da banda que leva seu nome, não economiza nos sorrisos, rebolados, poses sensuais e biquinhos, para delírio da mulherada na platéia (eu inclusive). Só que a banda não existe há mais de trinta anos porque seu cantor é lindo, sexy e sabe rebolar. A banda existe há mais de três décadas porque sabem fazer rock. E sabem fazer ao vivo.
Depois de um show impecável dos canadenses do Nickelback, Bon Jovi, a banda, subiu ao palco às 20:00h em ponto, em um Morumbi quase lotado. Com a experiência de anos e anos na estrada, já na segunda música cantaram um dos seus maiores sucessos - It's My Life. A platéia (eu inclusive) foi à loucura. Emocionante ouvir sessenta mil pessoas cantando junto.
E a partir daí foi só rock. Muito rock.
Rock é uma música que se ouve não só com os ouvidos. A gente ouve com o corpo todo, que pulsa ao ritmo do som que sai das caixas. E com o Bon Jovi, ainda dá para dançar porque além do peso razoável das músicas, elas são muito dançantes.
Eles nunca foram minha banda favorita. Para ser sincera, não estavam nem entre as minhas vinte bandas de cabeceira. Deles só tenho um cd, uma coletânea de músicas ao vivo e nada mais. Mas saí do show uma verdadeira tiete. O show está reverberando na minha alma e não adianta muito ouvir músicas deles porque não é a mesma coisa.
Ahhh.. a comparação com o Fábio Jr. é de Thales de Menezes, comentando o show deles no Rock'n'Rio 2013. Ele fala que as letras das músicas é um verdadeiro manual de cantadas e o set list sempre tem blocos românticos intercalados com os de hard rock. Só que isso não aconteceu em São Paulo. Não tiveram músicas românticas: o show foi puro rock o tempo inteiro. E terminou com a arrasadora Born to Be My Baby, música que me apresentou a banda nos idos dos anos 80.
Claro que senti falta de Richi Sambora, que está fora da turnê supostamente para se tratar do vício em álcool. Há quem diga que o problema não é álcool mas dinheiro. Seja lá o que for, fez falta. O canadense Phil X, que o substituiu deu conta do recado. Mas só porque repetiu nota por nota das linhas de guitarra criadas por Richie.
Repetindo o Faustão: quem sabe faz ao vivo.
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