domingo, 15 de março de 2015

Saia Justa

Sempre gostei do Saia Justa, desde os tempos em que tinha Maitê Proença, Rita Lee, Fernanda Young e Monica Waldvogel, a única da versão original que ficou até o final do ano passado. Como gosto da Astrid e da Barbara Gancia, fiquei curiosa para saber como seria a nova versão. Não conhecia as duas novas participantes, Maria Ribeiro e Monica Martelli.

Confesso que não gostei.

Monica Waldvogel faz falta. Sua calma e fienza nunca a impediram a de mostara quem era a âncora. Todos os participantes falavam aproximadamente o mesmo tempo, todos conseguiam desenvolver e terminar um raciocínio sem serem interrompidos e ninguém falava ao mesmo tempo, cortando a fala do outro. Tudo isso desapareceu no novo formato. Astrid não conseguiu, pelo menos até agora, manter as rédeas e nenhuma pessoa consegue terminar uma frase sem ser interrompida por alguém. E a partir da interrupção, ficam duas ou mais pessoas falando ao mesmo tempo, não dá para entender nada e a gente fica sem saber o que a pessoa não conseguiu dizer.

Como não assisti muito aos episódios originais, nos idos de abril de 2002, não sei se aconteceu a mesma coisa e o tempo foi lapidando até se conseguir a sintonia dos episódios do ano passado, 2012. Mas a versão atual está ficando cada vez mais chata de se assistir. As participantes não conseguem ter o mesmo tempo de fala, não conseguem terminar um raciocinio, não tem paciência de esperar a outra pessoa falar. Fizeram isso até mesmo com o primeiro convidado, o fantástico Jean Willis, demonstrando que está muito à vontade na posição de deputado federal, sabe do que está falando e tem um farto embasamento histórico, social e cultural para defender as causas que escolheu. Muitas vezes ele, tentando chegar à uma conclusão em um assunto interessante, era interrompido por algumas das participantes. Muito ruim.

Espero que aos poucos as coisas se acomodem, elas cheguem a um acordo e tenham mais paciência em esperar cada um terminar de falar. Sei muito bem porque isso acontece porque eu, se não me policiar, interrompo todo mundo também, por pura ansiedade.

Boa sorte para elas.

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